O cancro chegou a nossa casa

O cancro chegou a nossa casa. Até então só tinha a capacidade de avaliar esta doença cruel e silenciosa na terceira pessoa, mas chegou-nos e tentou abalroar-nos como se de um furacão se tratasse. Primeiro chegaram os exames suspeitos, seguiram-se as esperas, depois os exames conclusivos que não queríamos ver, mais esperas e mais exames e mais esperas, insónias e mais exames, a mesma conclusão silenciosa mas real ...
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O cancro chegou a nossa casa.

Até então só tinha a capacidade de avaliar esta doença cruel e silenciosa na terceira pessoa, mas chegou-nos e tentou abalroar-nos como se de um furacão se tratasse.

Primeiro chegaram os exames suspeitos, seguiram-se as esperas, depois os exames conclusivos que não queríamos ver, mais esperas e mais exames e mais esperas, insónias e mais exames, a mesma conclusão silenciosa mas real. Médicos atenciosos mas determinados a dar-nos a mesma resposta, espera e mais espera, exames e é este o ponto em que estamos.

O cancro existe. O cancro que por vezes tentamos florear com nomes mais suaves e delicados chegou, sentou-se e tomou conta de uma família, não queremos que fique nem permitiremos que se mantenha.

Sabem? É uma espécie de praga, de carraça, uma aparição, uma barata num dia de verão, chega tão rápido, de forma tão rasteira que nem queremos acreditar que é real e que, de repente, temos de lidar com aquela situação assustadora de frente.

Chegou, amedrontou-nos, aterrorizou-nos, bloqueou-nos, gelou-nos até ossos que desconhecíamos ter, mas rapidamente seremos nós a exterminar tal contaminação.
Precisamos de tempo, temos as ferramentas,

Dêem-nos tempo, só precisamos de tempo.

Temos amor. Mais do que o pavor de baratas, somos alérgicos à saudade.
(Eu estou bem, obrigada a tod@s pela preocupação, esta publicação é sobre um familiar próximo, mas que felizmente começou 2025 #freecancer , deu certo!❤️🙌🏻)

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