Senta-te aqui, amor

Senta-te aqui, amor. Descansa e sabe que não há pressa, apenas essa tua convicção e força de viver como pano de fundo. Deixaste comigo a certeza de que quando algo de muito grande nos acontece, aprendemos a relativizar ...
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Senta-te aqui, amor.

Descansa e sabe que não há pressa, apenas essa tua convicção e força de viver como pano de fundo.

Deixaste comigo a certeza de que quando algo de muito grande nos acontece, aprendemos a relativizar.

Sou filha da terra, encontro-te no mar, desde que te perdi que me obrigo a viver tudo com intensidade. Um sonho nunca é só um sonho, os risos são para gargalhar e os nossos são para manter, cuidar, levar a sério, respeitar e preservar.

Filha da mãe da saudade. O teu sorriso agora é uma memória, são fagulhas pelo ar, sempre foi descontrolada essa tua forma de ser, essa tua forma intensa de estar.
Eu avisei-te que lá fora estava frio. Era do mundo que te falava.

Senta-te aqui, meu amor, descansa, não vás se ainda não te sentires capaz de partir.

Nem todas os ventos são boas tempestades.

Eu estou, queria tanto que estivesses também.

Não vás já, meu amor.

Bem sei que fomos muitas vezes malabaristas na corda-bamba, mas tu deixaste-me a acreditar que sei voar.

E agora? O que faço eu à saudade?

Eu prometo-te que o melhor está sempre por chegar, que não me conforto, não me conformo, estou para o que der e vier. Sou casa, asa, abraço e porto de abrigo para quem ficou, mas caramba, e da saudade? quem cuida da saudade?

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